quinta-feira, 14 de maio de 2009

Astronautas inspeccionaram estragos na Atlantis

Os astronautas do vaivém espacial Atlantis inspeccionaram durante dez horas os estragos em algumas telhas de protecção de uma das asas da nave, mas os danos são considerados menores e a missão prossegue de acordo com o previsto.

“Há quatro telhas que apresentam alguns danos que parecem ser de todo menores”, disse aos jornalistas o director de voo, Tony Ceccaci, acrescentando que não existe qualquer perigo de o equipamento de protecção da nave falhar quando esta reentrar na atmosfera terrestre.

“A mesma quantidade de estragos noutra zona da nave seria mais preocupante. Os estragos parecem superficiais e não são muito extensos”, afirmou o chefe da equipa de missões da agência espacial norte-americana, a NASA, Leroy Cain.

Os sensores da nave registaram um choque 106 segundos após a descolagem, mas não se sabe nada quanto à dimensão e ao peso do objecto que colidiu com a Atlantis. As imagens vão continuar a ser analisadas nos próximos dois dias.

A Atlantis partiu na segunda-feira para uma missão de 11 dias, cujo objectivo é reparar o telescópio espacial Hubble, em órbita há 19 anos, e aumentar o tempo de vida deste em pelo menos cinco anos.

Este voo é considerado mais perigoso do que as outras missões dos vaivém da NASA, uma vez que a órbita do Hubble situa-se a uma altitude mais elevada (563 quilómetros) do que a da estação espacial ISS, o destino habitual dos voos espaciais norte-americanos (300 quilómetros). A NASA estima que as hipóteses de colisão com um detrito espacial são de uma em 221 na órbita do Hubble, contra uma em 300, na órbita da ISS.

O vaivém Endeavour está pronto a ser lançada do centro espacial Kennedy, na Florida, para uma eventual missão de socorro à Atlantis.

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