quinta-feira, 14 de maio de 2009

Zon Lusomundo foi maior anunciante do sector cultural em 2008

A empresa de cinemas Zon Lusomundo foi o maior anunciante de espectáculos e cultura no ano passado, investindo 10,4 milhões de euros a preços de tabela, avançou a agência de meios Nova Expressão Cultura.
Este valor não contabiliza as promoções e descontos habitualmente oferecidos pelas marcas, mas é um indicativo reconhecido pelo mercado.

Os dados fazem parte de uma análise hoje apresentada pela Nova Expressão na conferência "Área Metropolitana de Lisboa: Plataforma Transcultural Para o Século XXI?", que decorreu na Culturgest, em Lisboa.

De acordo com o estudo da agência de meios, a Lusomundo, a UAU, a Everything is New, o CCB e a Casa da Música são os cinco maiores investidores em publicidade ligada à cultura, seguidos pela Fundação de Serralves, pela Fundação Gulbenkian e pela Culturgest.

Em conjunto, os 23 maiores anunciantes de cultura concentraram metade do investimento deste sector no ano passado, apesar de mais de 1200 entidades terem feito publicidade a espectáculos e exposições.

De acordo com dados avançados pela agência em Dezembro passado, o sector da cultura e entretenimento vale 160 milhões de euros de investimento publicitário, o que representa cerca de 4% do total investido pelos anunciantes em Portugal.

O investimento neste sector "tem manifestado um crescimento mais acentuado que o resto do mercado", afirmou na altura o director da agência, Manuel Falcão, apontando o cinema como o meio de comunicação que representa mais investimento.

Ainda assim, defendeu hoje, o sector da cultura e entretenimento necessita de alargar o seu público, sendo a publicidade um dos meios eficazes para alcançar esse objectivo.

É necessário "racionalizar e profissionalizar a gestão do investimento publicitário deste sector nos media", afirmou, admitindo que a transformação vivida no sector dos media nos últimos 20 anos coloca novos desafios, sobretudo com a crescente especialização dos meios de comunicação e o desenvolvimento da Internet.

"É fundamental garantir que as campanhas sirvam para alargar públicos e não se conformem em trazer apenas os consumidores habituais", acrescentou.

Consumidor habitual que, segundo a análise hoje apresentada, é um residente na Grande Lisboa e no Grande Porto, tem entre 15 e 34 anos e é oriundo dos estratos sócio-económicos mais elevados.

Além disso, tem uma instrução média ou superior e é actualmente um profissional de estatuto elevado ou um estudante, vivendo sozinho, já que é solteiro ou separado.

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