Woody Allen aceitou receber cinco milhões de dólares (pouco mais de 4,7 milhões de euros) da American Apparel, como indemnização pelo uso indevido de imagens suas numa campanha publicitária. O realizador pedia 10 milhões de dólares (quase 7,42 milhões de euros), argumentando que as fotografias tinham sido usadas sem autorização.
O juiz deu a entender à marca, fundada pelo empresário canadiano Dov Charney, que «a responsabilidade no caso era clara» e que rejeitava o argumento do responsável, que invocou a liberdade de expressão.
O cineasta moveu o processo contra a companhia no ano passado, por uso não autorizado da sua imagem em vários outdoors de Nova Iorque e Los Angeles, nos EUA. Na campanha, Woody Allen aparecia vestido como um judeu ortodoxo, de barba e chapéu, numa imagem tirada de um filme de 1977.
Allen argumentou que o anúncio leva a crer que ele apoia ou está associado à marca, mas a American Apparel, conhecida pelos modelos muito curtos ou semitransparentes, defende que os outdoors duraram menos de uma semana e que o cineasta norte-americano estará «a superestimar a sua imagem».
Entretanto, o realizador acusou a empresa de o tentar assediar e intimidar no processo, fazendo uma «abordagem devastadora» sobre a sua vida pessoal, para se livrar das consequências da acção judicial. O director de «Vicky Cristina Barcelona» sublinhou que a marca terá ido demasiado longe ao pedir informações sobre a sua vida familiar, as suas finanças pessoais e a sua carreira, o que considerou «vexatório, opressivo, intimidante e irrelevante».
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