sexta-feira, 22 de maio de 2009

Woody Allen vai receber 4,7 M€ por uso indevido de imagem

Woody Allen aceitou receber cinco milhões de dólares (pouco mais de 4,7 milhões de euros) da American Apparel, como indemnização pelo uso indevido de imagens suas numa campanha publicitária. O realizador pedia 10 milhões de dólares (quase 7,42 milhões de euros), argumentando que as fotografias tinham sido usadas sem autorização.
O juiz deu a entender à marca, fundada pelo empresário canadiano Dov Charney, que «a responsabilidade no caso era clara» e que rejeitava o argumento do responsável, que invocou a liberdade de expressão.

O cineasta moveu o processo contra a companhia no ano passado, por uso não autorizado da sua imagem em vários outdoors de Nova Iorque e Los Angeles, nos EUA. Na campanha, Woody Allen aparecia vestido como um judeu ortodoxo, de barba e chapéu, numa imagem tirada de um filme de 1977.

Allen argumentou que o anúncio leva a crer que ele apoia ou está associado à marca, mas a American Apparel, conhecida pelos modelos muito curtos ou semitransparentes, defende que os outdoors duraram menos de uma semana e que o cineasta norte-americano estará «a superestimar a sua imagem».

Entretanto, o realizador acusou a empresa de o tentar assediar e intimidar no processo, fazendo uma «abordagem devastadora» sobre a sua vida pessoal, para se livrar das consequências da acção judicial. O director de «Vicky Cristina Barcelona» sublinhou que a marca terá ido demasiado longe ao pedir informações sobre a sua vida familiar, as suas finanças pessoais e a sua carreira, o que considerou «vexatório, opressivo, intimidante e irrelevante».

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