
Um dos grupos presentes no Facebook, que diz que o Holocausto é “uma série de mentiras”, difunde mensagens sugerindo que os alemães foram manipulados pelos interesses judeus, ao passo que noutra ponta da rede social um outro membro escreve que os judeus são “cobras” e “mentirosos”. Em resumo, trata-se de mensagens ofensivas que, na maioria dos países europeus, seriam banidas.
Durante os últimos dias, o Facebook tem respondido às críticas de uma forma que mais parece atiçar a polémica, em vez de a serenar. Num mail trocado com a rede social, o advogado Brian Cuban divulga a resposta da empresa: “Somos sensíveis a grupos que ameaçam as pessoas com violência, e esses grupos são eliminados. Também removemos grupos que expressam ódio face a indivíduos e grupos que são apoiados por organizações terroristas conhecidas. Porém, não deitamos abaixo grupos que escrevem contra países, entidades políticas ou ideias”.

Esta ambiguidade irritou o advogado Brian Cuban e originou uma pequena “tempestade” de protestos por parte dos utilizadores, que acusam o Facebook de hipocrisia, argumentando que não têm qualquer espécie de dúvida ao eliminarem fotografias de mulheres a amamentar os filhos mas toleram grupos que seriam ilegais em muitos países. Se a rede social tem uma equipa de chamados “polícias da pornografia” para monitorizar e controlar fotografias consideradas “arriscadas”, porque é que a rede social não oferece o mesmo tipo de esforço ao policiamento de mensagens racistas e xenófobas? De acordo com o “The Guardian”, esta polémica é um produto acabado dos conflitos internos dos Estados Unidos da América com a moral. O país tem pouca tolerância com conteúdos pornográficos, mas garante como “liberdade de expressão” mensagens violentas e racistas. Um país que pára ao vislumbre de um mamilo, mas que não censura imagens de guerra.
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