
Em declarações à agência Lusa, Martin Valfridsson, um porta-voz do Ministério da Justiça da Suécia, adiantou que estas alterações visam "estender a legislação que rege o casamento no país, no sentido de permitir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que passarão a ser reconhecidos como cônjuges".
O responsável explicou que estas propostas visam "acabar com a importância do sexo de quem quiser contrair matrimónio, tornando os géneros dos cônjuges neutros", bem como "permitir que os casais homossexuais, que já viviam em 'uniões registadas' [uniões de facto], passem a ser vistos como casados e a terem os mesmos direitos" de qualquer casal.

A aprovação destas propostas é dada como certa, uma vez que só o grupo dos democratas-cristãs, cerca de oito por cento dos deputados, opõem-se e gostariam que tivesse sido encontrada uma outra solução", precisou.
Segundo o responsável sueco, a nova legislação "deverá entrar em vigor em 01 de Maio deste ano".

"Até agora a palavra matrimónio na Suécia só era utilizada entre mulheres e homens, apesar de as 'uniões registadas' entre pessoas do mesmo sexo serem reconhecidas legalmente desde 1995. O que se pretende agora é que o casamento entre heterossexuais e homossexuais seja abrangido pela mesma lei e que todas as uniões entre pessoas do mesmo sexo sejam designadas de casamento", salientou o porta-voz.

Assim, a Suécia junta-se a outros países europeus, como Espanha, Holanda e Bélgica, que já reconhecem o casamento homossexual.
Em Janeiro passado, o secretário-geral do PS e primeio-ministro, José Sócrates, propôs reconhecer o direito ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo, mas apenas, e eventualmente, na próxima legislatura.
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