O Magalhães chegou este ano à quase totalidade das crianças do primeiro ciclo, mas, segundo pais e professores contactados pela Lusa, ainda não teve uso generalizado nas escolas e está longe de vencer o combate às desigualdades.
Apesar de o Magalhães ter reconhecidas potencialidades e de haver estabelecimentos que as aplicam com sucesso, Lucinda Manuela, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), considera que, «em larga escala, as escolas ainda não o introduziram como ferramenta de trabalho generalizada na sala de aula».
A sindicalista destaca que «houve atrasos nas entregas do computador, há salas de aulas em que umas crianças têm outras não, a maioria dos professores ainda não recebeu formação e muitas famílias estão pouco motivadas».
«Isto faz com que o objectivo principal de promover a igualdade de oportunidades, em muitos casos, não tenha sido atingido», afirmou.
Lucinda Manuela considerou que «a introdução do computador nas escolas não foi bem preparada porque apenas um ou dois professores por escola recebeu formação».
«Muitos pais não entendem que a informática e as novas tecnologias podem ser um auxiliar poderoso ao sucesso dos seus filhos. Cai-lhes em casa uma coisa que até foi gratuita e, sem a colaboração da família, essas crianças continuam prejudicadas em relação às outras», realçou.
No mesmo sentido, uma professora com um cargo de responsabilidade numa escola de primeiro ciclo da Póvoa de Varzim, que pediu o anonimato, realça que, apesar de uma circular interna que pede o uso do Magalhães pelo menos uma vez por semana, isso não se verifica na prática e a generalidade das crianças não usa o computador como material de estudo.
Esta docente destaca que «as entregas só terminaram no mês passado, há pais que não quiseram o computador porque era facultativo, depois ficaram com ele porque era gratuito, mas recusam-se a deixar as crianças levar o Magalhães para a escola», mesmo quando os docentes o pedem expressamente.
«Há pais que não consideram o computador um instrumento de estudo. Pediram o Magalhães porque era gratuito e como era gratuito não lhe dão valor», afirmou, dando como exemplo computadores que «uma semana depois já chegam à escola sem teclas, com visores partidos e com falta de bateria».
Segundo a docente, há ainda outros problemas práticos: «em muitas salas de aulas, a Internet, quando existe, ainda não suporta o trabalho em rede e então cabe ao professor andar de carteira em carteira com uma 'pen' a recolher os trabalhos».
Vanda, mãe de uma menina que frequenta o primeiro ciclo numa escola de Algés, afirmou que, por enquanto, a filha e as amigas usam apenas o computador para jogar.
«Acho que a ideia por detrás do Magalhães é boa, mas depois não tem seguimento na escola. No caso da minha filha, a professora disse que um dia iria pedir para levarem o Magalhães, mas isso nunca aconteceu. Está lá em casa, à espera», destacou.
Fonte do ministério admite que uma utilização desta «ferramenta de trabalho» nas salas de aulas deverá «ser progressiva».
«O ME está a trabalhar no sentido de que haja uma utilização pedagógica mais alargada do Magalhães no contexto de sala de aula», disse.
Apesar de o Magalhães ter reconhecidas potencialidades e de haver estabelecimentos que as aplicam com sucesso, Lucinda Manuela, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), considera que, «em larga escala, as escolas ainda não o introduziram como ferramenta de trabalho generalizada na sala de aula».
A sindicalista destaca que «houve atrasos nas entregas do computador, há salas de aulas em que umas crianças têm outras não, a maioria dos professores ainda não recebeu formação e muitas famílias estão pouco motivadas».
«Isto faz com que o objectivo principal de promover a igualdade de oportunidades, em muitos casos, não tenha sido atingido», afirmou.
Lucinda Manuela considerou que «a introdução do computador nas escolas não foi bem preparada porque apenas um ou dois professores por escola recebeu formação».
«Muitos pais não entendem que a informática e as novas tecnologias podem ser um auxiliar poderoso ao sucesso dos seus filhos. Cai-lhes em casa uma coisa que até foi gratuita e, sem a colaboração da família, essas crianças continuam prejudicadas em relação às outras», realçou.
No mesmo sentido, uma professora com um cargo de responsabilidade numa escola de primeiro ciclo da Póvoa de Varzim, que pediu o anonimato, realça que, apesar de uma circular interna que pede o uso do Magalhães pelo menos uma vez por semana, isso não se verifica na prática e a generalidade das crianças não usa o computador como material de estudo.
Esta docente destaca que «as entregas só terminaram no mês passado, há pais que não quiseram o computador porque era facultativo, depois ficaram com ele porque era gratuito, mas recusam-se a deixar as crianças levar o Magalhães para a escola», mesmo quando os docentes o pedem expressamente.
«Há pais que não consideram o computador um instrumento de estudo. Pediram o Magalhães porque era gratuito e como era gratuito não lhe dão valor», afirmou, dando como exemplo computadores que «uma semana depois já chegam à escola sem teclas, com visores partidos e com falta de bateria».
Segundo a docente, há ainda outros problemas práticos: «em muitas salas de aulas, a Internet, quando existe, ainda não suporta o trabalho em rede e então cabe ao professor andar de carteira em carteira com uma 'pen' a recolher os trabalhos».
Vanda, mãe de uma menina que frequenta o primeiro ciclo numa escola de Algés, afirmou que, por enquanto, a filha e as amigas usam apenas o computador para jogar.
«Acho que a ideia por detrás do Magalhães é boa, mas depois não tem seguimento na escola. No caso da minha filha, a professora disse que um dia iria pedir para levarem o Magalhães, mas isso nunca aconteceu. Está lá em casa, à espera», destacou.
Fonte do ministério admite que uma utilização desta «ferramenta de trabalho» nas salas de aulas deverá «ser progressiva».
«O ME está a trabalhar no sentido de que haja uma utilização pedagógica mais alargada do Magalhães no contexto de sala de aula», disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário