Redes sociais, como o Twitter ou o Facebook, fazem com que o indivíduo se torne indiferente e alheio ao sofrimento humano, de acordo com um estudo de neurobiologia sobre compaixão, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). A pesquisa afirma que os sistemas cerebrais de compaixão levam, em média, seis a oito segundos a «dar a partida» e actuar como uma emoção. Ainda assim, o anúncio do estudo levanta a possibilidade de a «geração Facebook» poder vir a tornar-se sociopata.
Os primeiros «tweets» pessoais dentro dos acontecimentos, como os atentados em Mumbai, na Índia, no ano passado, são geralmente sem emoção, segundo os investigadores, porque o Twitter é usado, principalmente, naquelas situações, para reunião de factos imediatos e não para o acto de narrar histórias, o que, segundo outros estudos, é mais propício a causar compaixão nas pessoas do que edições rápidas e curtas.
«É cedo para dizer que as redes sociais destroem os fundamentos da moralidade, mas não é cedo para nos questionarmos o que elas estão a fazer», defende a publicação, argumentando que, «se a compaixão só é activada através de uma atenção sustentada, então a capacidade de ser realmente movido pela solidariedade sofreria uma atrofia, poderia mesmo deixar de se desenvolver de forma adequada nas crianças». «A hipótese é plausível», continuam os cientistas, embora admitam que «é necessária mais investigação», o que «não significa que as redes sociais farão com que as crianças se tornem amorais».
Sem comentários:
Enviar um comentário