O Correio da Manhã nasceu a 19 de Março de 1979, para preencher uma lacuna na imprensa portuguesa, onde não existia nenhum tablóide. Trinta anos depois, mantém o mesmo formato e assumiu-se como líder de vendas.
O lançamento do jornal foi feito por Carlos Barbosa, actual presidente do ACP, Nuno Rocha, Vítor Direito e um grupo de empresários que reuniram 1.350 contos (6.750 euros). «Na altura, havia um nicho de mercado para tablóides e nós decidimos lançá-lo, com grande sucesso. Correu lindamente e ainda hoje está a liderar», recorda Carlos Barbosa.
O nome Correio da Manhã surgiu apenas da vontade de fugir ao padrão dominante. Na altura, havia o Diário de Notícias, o Diário Popular, o Diário de Lisboa, e os fundadores tinham a certeza de que «diário» não se chamaria. Várias propostas de nomes estiveram em cima da mesa e foi quase unânime a opção por Correio da Manhã.
«Da vontade de fazer um tipo de jornalismo que não havia em Portugal, nasceu um jornal popular, mas não era um jornal popularucho. Hoje, o Correio da Manhã é popularucho e não popular», apontou Carlos Barbosa. Apesar de o formato e a paginação permanecerem praticamente na mesma, «o Correio da Manhã já não é o mesmo jornal», considera.
Ideia diferente tem Octávio Ribeiro, actual director do tablóide, para quem «o perfil do Correio da Manhã permanece o mesmo». «Somos um jornal generalista, que privilegia a notícia e estabelece um elo de estreita confiança com os leitores. Buscamos o pulsar do País, dia após dia», sublinhou.
«O Correio da Manhã tem uma história repleta de génio, esforço, trabalho e sucesso», acrescenta aquele que é o director do jornal desde Fevereiro de 2007. Reflexo disso mesmo são as vendas do jornal, que só nos últimos dez anos aumentaram em mais de 40 mil exemplares, salienta Octávio Ribeiro, lembrando que, em 2008, foi estabelecido o máximo de sempre nas vendas de um jornal diário em Portugal, com uma média de 115.854 exemplares por dia na venda em banca e o máximo histórico de 118.353 exemplares por dia na circulação paga.
De entre as alterações que introduziu, o director da publicação sublinha o desenvolvimento do jornalismo de investigação, o aprofundamento da capacidade de análise e o investimento num painel de opinião.
Para assinalar o aniversário do Correio da Manhã, que hoje é detido pelo grupo Cofina, a edição desta quinta-feira oferecerá uma revista dedicada inteiramente à celebração da data. À noite, decorre uma cerimónia no Pavilhão de Portugal, com transmissão directa no site, onde serão entregues os troféus «Figura do Futuro» às 30 personalidades eleitas pelos leitores a partir de uma lista de 90 nomes, que foram seleccionados por «30 notáveis portugueses, divididos por dez áreas de actividade social», explicou.
O Correio da Manhã tem, presentemente, 750 mil leitores diários, com idades entre os 25 e os 54 anos e pertencentes às classes A, B e C1. As primeiras instalações do jornal situavam-se numa cave, na Rua Ruben A. Leitão (São Bento, Lisboa), tendo passado anos mais tarde para o centro da capital, na Rua Mouzinho da Silveira. Em 1997, a sede do jornal transitou para a Avenida João Crisóstomo, onde ainda hoje permanece.
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