Os Estados Unidos anunciaram esta quarta feira apoio a uma declaração das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos dos homossexuais, prosseguindo a administração de Barack Obama a ruptura com as orientações políticas do anterior presidente, George W. Bush.
Washington junta-se assim aos 66 países signatários da declaração apresentada pela França às Nações Unidas em 18 de Dezembro de 2008, uma declaração política, sem o carácter vinculativo de uma resolução, que recebeu o apoio de todos os países da União Europeia.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Robert Wood, lembrou que "o facto de apoiar a declaração não vincula (os Estados Unidos) a qualquer obrigação legal"
O documento tem como base o "princípio da não discriminação que exige que os direitos do homem se apliquem da mesma maneira a cada ser humano, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de género".
A posição assumida hoje por Washington vem de encontro às pretensões da comunidade homossexual dos Estados Unidos, que tradicionalmente vota em grande maioria no Partido Democrata e colocou na eleição de Barack Obama esperanças de revogação de várias políticas de George W. Bush, que manteve sempre uma política de oposição aos casamentos homossexuais.
A administração Bush impôs também uma "política de silêncio" sobre orientações sexuais nas forças armadas.
Barack Obama já se manifestou contrário a proibições constitucionais dos casamentos homossexuais e do direito dos homossexuais à adopção, defendendo, pelo contrário, o reforço de leis contra a discriminação no local de trabalho.
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