quarta-feira, 11 de março de 2009

Adolescentes que comem peixe têm QI mais elevado

O consumo de peixe torna as pessoas mais inteligentes, sustenta um estudo sueco divulgado na passada segunda-feira, que estabelece uma ligação entre adolescentes com um quociente de inteligência (QI) mais elevado e o facto de comerem peixe em quantidade suficiente.

"Descobrimos uma relação clara entre o facto de se comer frequentemente peixe e resultados (de QI de adolescentes) elevados", comentou, em comunicado, Kjell Torén, que conduziu o estudo para o Hospital Universitário Sahlgrenska de Gotemburgo.

O estudo analisou os valores do QI, as capacidades de expressão e de orientação espacial de 3.972 suecos de 15 anos, em 2000, depois três anos mais tarde durante a inspecção para o serviço militar.

Os rapazes de 15 anos, que comiam peixe pelo menos uma vez por semana, tinham um resultado em média sete por cento mais elevado durante o teste de QI três anos depois, enquanto os que comiam mais de uma vez por semana tinham um resultado 12 por cento mais elevado que a média, segundo os resultados do estudo.

Há uma correlação clara entre o consumo regular de peixe aos 15 anos e melhores possibilidades intelectuais aos 18", conclui Maria Aaberg, co-autora do inquérito, citada no comunicado.

Em termos de capacidades de expressão, os jovens de 18 anos que comiam peixe uma vez por semana tinham resultados quatro por cento melhores, e nove por cento melhores quando comiam peixe mais de uma vez por semana.
Quanto à percepção espacial, os números foram de sete e 11 por cento respectivamente.

O peixe é uma fonte de ómega-3, ácido gordo cuja importância para o desenvolvimento e o funcionamento cerebrais foi demonstrado.
Vários estudos mostraram também que comer peixe durante a gravidez favorecia o desenvolvimento intelectual do feto ou que o consumo do peixe atrasava o declínio neuronal entre as pessoas idosas.

"Sabíamos já que o peixe tinha um efeito nos cérebros dos recém-nascidos e das pessoas idosas, mas constatamos agora que isso tem um efeito sobre os cérebros sãos das crianças", declarou Aaberg.

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