Quarto disco em cinco anos para Rihanna mas este marcado pela agressão que sofreu de Chris Brown e pelo fim da relação com o rapper.
A haver um conceito em «Rated R», seria o fim tumultuoso da relação com Chris Brown. E se Rihanna sofreu, literalmente, na pele as consequências desse caso, psicologicamente ganhou anos de maturidade que se reflectem num disco mais adulto (neste caso, sinónimo de sombrio).
Não é pedida clemência nem simpatia e, de resto, o afastamento de baladas delicodoces que o single «Russian Roulette» poderia surgir não se confirma. Felizmente. Mesmo que o torne num disco comercialmente arriscado num momento de terapia avançada.
«Rated R» é um confessionário demasiado verdadeiro para ser encenado, cantado em tons de negro com muito drama à mistura (por vezes, exagerado), e, desta vez, sem um guarda-chuva («Umbrella») para proteger Rihanna da fatalidade sofrida.
Depois de três álbuns em que a linguagem de clube foi ganhando espaço, Rihanna entrega-se à ressaca. «Rated R» é um «Diário de Anne Frank», salvo as devidas distâncias, perturbador e inquietante. Estará Chris Brown à altura para responder?
Rihanna
«Rated R»
Def Jam/Universal
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